Caramuru veio ao Brasil, chegou na última quinta-feira, já chegou dando ordens, ai ai Deus! Mas, eu amo esse homem, agora tenho de aguentar ele reclamar da minha falta de talentos na cozinha e pior, DE QUE EU NÃO FIZ O ALMOÇO QUE PROMETI PRA ELE: PEIXE COM MOLHO DE MARACUJÁ!
Claro que eu e Bandida fomos buscá-lo no aeroporto, e fui logo dizendo que íamos a um restaurante porque em casa não tinha almoço, então vem a crítica por trás de uma afirmação de quem conhece muito bem com quem está vivendo:
- Sabia, tinha certeza que não ia ter almoço, alguma coisa me dizia que esse peixe ao molho de maracujá não ia sair.
Ah Maldade! E eu que nesses 4 dias que antecederam a chegada de Caramuru fiz tudo que seria possível pra ter um "lar" organizado, arrumado, perfumado, lindo pra quando ele chegasse, pôxa, magoeei! Nem levou em consideração todo meu esforço. Mas dei o ultimato: Olha aqui Caramuru, você escolhe: Mulher linda, Dona-de-casa ou profissional liberal, as três coisas não dá pra ser. Ele disse: Vale!
Entendi que concordou que só dá pra ser uma dessas coisas ou no máximo duas, mas três é impossível!
Finalmente por ordem do destino a escolha foi feita: serei linda e profissional liberal, porque pra dona de casa não tenho talento, até tenho (mas é resquício de encarnações muito anteriores a passada). Assim sendo Caramuru se tornou o Dono-de-casa que qualquer mulher pediu a Deus mas que sou eu quem tem em casa (ai ai Felicidade!).
Ele escolhe as compras, porque quando vou no supermercado fico perdida, haja visto que não falta opção de compra. Ele sempre sabe o que comprar, a quantidade certa, o melhor preço, quanto de fruta que precisamos comer (apesar de eu não comer frutas), ele faz o almoço e o jantar e ainda prepara uns lanchinhos deliciosos.
Mas hoje foi a superação de como estamos trocados na nossa relação, saí as 6 horas pra ir dar aula, Caramuru ficou em casa. Programamos ontem nosso dia de hoje. Ele faria os pagamentos no banco, eu sairia para trabalhar, ele deu a ordem: amanhã vou preparar peixe (e quem sou eu pra discutir ordens do Dono-de-casa?). Acertado desde ontem como seria o dia de hoje só caberia a mim concordar.
Quando acordei o café já estava até pronto (e não é só porque é meu aniversário, é porque ele sempre acorda mesmo primeiro que eu), então me vesti e saí.
Caramuru pergunta a que horas eu ia voltar.
Eu: Por volta de meio-dia ou uma hora.
Ele: Vale!
12:45 Estava chegando em casa, verde de fome, já cansada, estressada e querendo dormir. Caramuru na cozinha envolto em panelas preparando peixe cozido com açafrão e molho de legumes. Joguei as pastas de provas em uma cadeira da sala, a bolsa em outra e me lancei no sofá para esperar o almoço.
13:00 Caramuru aparece na sala, me olha e diz: Você nem reparou como cheira bem a comida. Nossa! me senti extremamente culpada, realmente estava cheirosa a comida e eu nem tinha feito um comentário referente a isso. Me limitei a dizer: É meu amor está cheirosa mesmo! Caramuru voltou pra cozinha e começou a trazer os pratos, copos, talheres, guardanapos. A mesa estava posta para o almoço.
13:20 Estávamos acabando de almoçar quando Caramuru diz: Tu não gostas da minha comida. Afundei na cadeira de vergonha, tentei me explicar: Eu gosto meu amor, eu gosto sim, só não tenho o costume de comer peixe, mas está muito gostosa; diante da irredutibilidade dele em não acreditar no que eu dizia e continuar afirmando que eu não gostava da comida dele e começar a tirar à mesa, comecei a ter uma crise de riso e, não conseguia mais parar de rir.
Caramuru então volta com o café pra tomar e diz: Louca, de que estás rindo?
Eu: De toda essa situação, normalmente o marido sai pra trabalhar, volta, joga a pasta em uma cadeira, o paletó em outra e se estatela no sofá. Não faz comentários sobre a comida da mulher, não dirige um elogio a ela ou faz referência ao trabalho que ela teve para fazer aquele almoço pra ele, só pensa na hora de acabar de comer e ir dormir. Hoje estamos vivendo papéis trocados, eu estou fazendo as vezes de homem e tu de dona-de-casa. Tentava falar isso em meio aos risos, porque eu realmente não conseguia parar de rir de toda a situação.
Agora tenho de confessar algo inconfessável: depois de tomar consciência de que estávamos trocados de papéis na relação, eu até tive vontade de dar um "tapinha na bunda" dele e dizer : agora vamos pro quarto e dar aquela piscadinha maliciosa....
mas contive o impulso.
Claro que eu e Bandida fomos buscá-lo no aeroporto, e fui logo dizendo que íamos a um restaurante porque em casa não tinha almoço, então vem a crítica por trás de uma afirmação de quem conhece muito bem com quem está vivendo:
- Sabia, tinha certeza que não ia ter almoço, alguma coisa me dizia que esse peixe ao molho de maracujá não ia sair.
Ah Maldade! E eu que nesses 4 dias que antecederam a chegada de Caramuru fiz tudo que seria possível pra ter um "lar" organizado, arrumado, perfumado, lindo pra quando ele chegasse, pôxa, magoeei! Nem levou em consideração todo meu esforço. Mas dei o ultimato: Olha aqui Caramuru, você escolhe: Mulher linda, Dona-de-casa ou profissional liberal, as três coisas não dá pra ser. Ele disse: Vale!
Entendi que concordou que só dá pra ser uma dessas coisas ou no máximo duas, mas três é impossível!
Finalmente por ordem do destino a escolha foi feita: serei linda e profissional liberal, porque pra dona de casa não tenho talento, até tenho (mas é resquício de encarnações muito anteriores a passada). Assim sendo Caramuru se tornou o Dono-de-casa que qualquer mulher pediu a Deus mas que sou eu quem tem em casa (ai ai Felicidade!).
Ele escolhe as compras, porque quando vou no supermercado fico perdida, haja visto que não falta opção de compra. Ele sempre sabe o que comprar, a quantidade certa, o melhor preço, quanto de fruta que precisamos comer (apesar de eu não comer frutas), ele faz o almoço e o jantar e ainda prepara uns lanchinhos deliciosos.
Mas hoje foi a superação de como estamos trocados na nossa relação, saí as 6 horas pra ir dar aula, Caramuru ficou em casa. Programamos ontem nosso dia de hoje. Ele faria os pagamentos no banco, eu sairia para trabalhar, ele deu a ordem: amanhã vou preparar peixe (e quem sou eu pra discutir ordens do Dono-de-casa?). Acertado desde ontem como seria o dia de hoje só caberia a mim concordar.
Quando acordei o café já estava até pronto (e não é só porque é meu aniversário, é porque ele sempre acorda mesmo primeiro que eu), então me vesti e saí.
Caramuru pergunta a que horas eu ia voltar.
Eu: Por volta de meio-dia ou uma hora.
Ele: Vale!
12:45 Estava chegando em casa, verde de fome, já cansada, estressada e querendo dormir. Caramuru na cozinha envolto em panelas preparando peixe cozido com açafrão e molho de legumes. Joguei as pastas de provas em uma cadeira da sala, a bolsa em outra e me lancei no sofá para esperar o almoço.
13:00 Caramuru aparece na sala, me olha e diz: Você nem reparou como cheira bem a comida. Nossa! me senti extremamente culpada, realmente estava cheirosa a comida e eu nem tinha feito um comentário referente a isso. Me limitei a dizer: É meu amor está cheirosa mesmo! Caramuru voltou pra cozinha e começou a trazer os pratos, copos, talheres, guardanapos. A mesa estava posta para o almoço.
13:20 Estávamos acabando de almoçar quando Caramuru diz: Tu não gostas da minha comida. Afundei na cadeira de vergonha, tentei me explicar: Eu gosto meu amor, eu gosto sim, só não tenho o costume de comer peixe, mas está muito gostosa; diante da irredutibilidade dele em não acreditar no que eu dizia e continuar afirmando que eu não gostava da comida dele e começar a tirar à mesa, comecei a ter uma crise de riso e, não conseguia mais parar de rir.
Caramuru então volta com o café pra tomar e diz: Louca, de que estás rindo?
Eu: De toda essa situação, normalmente o marido sai pra trabalhar, volta, joga a pasta em uma cadeira, o paletó em outra e se estatela no sofá. Não faz comentários sobre a comida da mulher, não dirige um elogio a ela ou faz referência ao trabalho que ela teve para fazer aquele almoço pra ele, só pensa na hora de acabar de comer e ir dormir. Hoje estamos vivendo papéis trocados, eu estou fazendo as vezes de homem e tu de dona-de-casa. Tentava falar isso em meio aos risos, porque eu realmente não conseguia parar de rir de toda a situação.
Agora tenho de confessar algo inconfessável: depois de tomar consciência de que estávamos trocados de papéis na relação, eu até tive vontade de dar um "tapinha na bunda" dele e dizer : agora vamos pro quarto e dar aquela piscadinha maliciosa....
mas contive o impulso.
Patifa